sexta-feira, 2 de abril de 2010

VIA-SACRA EM TROVAS (Algumas trovas constam do Livrete de Concurso realizado em Atibaia-SP) - Enviado pelo Poeta NEWTON VIEIRA e Repassado pelo Poeta ADEMAR MACEDO





















INTRODUÇÃO:

Naqueles tempos de antanho,
de escribas e fariseus,
um homem do meu tamanho
tinha o tamanho de Deus!

(Durval Mendonça)


PRIMEIRA ESTAÇÃO: Jesus condenado à morte


“Eis o homem”, diz Pilatos.
E aquele povo sem luz,
no mais insano dos atos,
responde em gritos: “À cruz!”

(Newton Vieira)


SEGUNDA ESTAÇÃO: Jesus com a cruz às costas

Por amor à humanidade,
inteiro deu-se Jesus,
e, a desprezar-lhe a bondade,
os homens deram-lhe a cruz.

(Carolina Ramos)


TERCEIRA ESTAÇÃO: Jesus cai pela primeira vez

Ante o povo, ante os soldados,
exausto, ao peso da cruz
que leva os nossos pecados,
cai sobre a terra Jesus.

(Amélia Tomás)

QUARTA ESTAÇÃO: Jesus encontra sua Mãe

Quando, no Dia dos Passos,
Maria encontrou Jesus,
Ele não foi aos seus braços
e, sim, aos braços da cruz.

(Pe. Celso de Carvalho)

QUINTA ESTAÇÃO: Jesus recebe o auxílio do Cireneu
Jesus, levando sozinho
a cruz que o mundo lhe deu,
recebe, no seu caminho,
o auxílio do Cireneu.

(Aloísio Alves da Costa)


SEXTA ESTAÇÃO: Verônica enxuga a face de Jesus

Verônica, amargurada,
limpando o rosto ao Senhor,
tem, por milagre, estampada,
a imagem viva da dor.

(José Coelho de Babo)


SÉTIMA ESTAÇÃO: Jesus cai pela segunda vez
Fitando os cruéis algozes,
com seu semblante sereno,
com sofrimentos atrozes,
cai de novo o Nazareno.

(Josefina Santos Barbosa)

OITAVA ESTAÇÃO: Jesus consola as mulheres de Jerusalém

Há mulheres soluçando,
e Vós, Senhor, fatigado,
dais conselhos, consolando,
sem que sejais consolado.

(Carlos Guimarães)


NONA ESTAÇÃO: Jesus cai pela terceira vez

Cansaço e dor o consomem;
o sangue seus olhos veda...
Jesus não resiste – é homem –
e sofre a terceira queda.

(Romeu Gonçalves da Silva)


DÉCIMA ESTAÇÃO: Jesus despojado de suas vestes

Entre dores e amarguras,
chega Jesus desolado;
mãos sacrílegas, impuras,
despem seu corpo cansado.

(José Lucas Filho)


DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃO: Jesus pregado à cruz
Ante o delírio das gentes
famintas de pão e luz,
um par de mãos inocentes
deixou-se cravar na cruz.

(Mariza da Conceição Pereira)


DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃO: Jesus morre na cruz

Sexta-feira da Paixão...
lento suspiro na cruz....
para exangue um coração,
um Deus expira – Jesus.

(Conceição Parreiras Abritta)


DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃO: Jesus descido da cruz

Eis ao colo de Maria,
morto, frio, os membros lassos,
o mesmo Jesus que, um dia,
Maria embalou nos braços.

(Lucy Sother Alencar da Rocha)


DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃO: Jesus sepultado

No sepulcro, eis que descansa
o amado filho de Deus.
Lenho, espinho, cravo e lança
traduzem pecados meus.

(Vera Vargas)


DÉCIMA QUINTA ESTAÇÃO: Jesus ressurge dos mortos

Num sepulcro abandonao,
ao sol do terceiro dia,
no Cristo Ressuscitado
é que tudo principia.

(Célia Guimarães Santana)

Primeiro, o drama no monte...
depois, a tumba vazia
e, lá no azul do horizonte,
o Sol do terceiro dia...

(Newton Vieira)

Um comentário:

Maria Emilia Xavier disse...

Este trabalho de reunir Poetas Trovadores versejando sobre um Tema que para nos católicos é especialmente caro,foi um presente muito lindo e que será guardado na memória do coração.Parabéns Newton pelo trabalho e Obrigada Ademar por ter proporcionado a todos que por aqui passarem esta beleza .