sábado, 9 de outubro de 2010

CAMINHANDO PARA RETOMAR A VIDA...

Estive dando um meio tempo em minhas atividades do Blog. Precisava dar uma parada, havia em mim uma inadiável necessidade de me vasculhar inteira, de saber de mim, de me olhar com meus próprios olhos, de voltar a gargalhar comigo mesma. Nesse tempo, em que alarguei ao máximo as postagens, produzi apenas para mim, parei de comentar os amigos, só não parei de ler. E, em minhas leituras encontrei uma poesia da Tânia Regina Contreiras, acabando de ser publicada no Roxo - violeta - http://roxo-violeta.blogspot.com/ , vale a pena conferir “Branco silêncio” e outras - em que ela após um tempo de silêncio, poeta com uma beleza inconteste o que fez com as palavras: "as encardidas" lavou-as e as que não conseguiu clarear..."descartou-as".
É isso que eu precisava...Lavar... Clarear... E, se for o caso, descartar... Não palavras, e sim sentimentos...
Mas, antes desta ação tão necessária, precisava encontrar  coragem. Precisava saber porque medro, o que me amedronta tanto para insistir em sentimentos que não me acrescentam nada. Precisava aceitar que os sentimentos devem ser dentro de nós mesmos exaustivamente, domesticados, educados, falados, discutidos e, principalmente, para continuar a vivê-los, devemos focar nos que nos  fazem bem.
Lavá-los ou mesmo descartá-los, como Tânia fez com as palavras, é o correto, pois neste fazer ficará o que nos é essencial.
O processo de nos rever, de nos investigar, de nos colocar no prumo, é demorado e dolorido demais, mas tão demorado e dolorido quanto necessário é. Por isso escrevo, pois foi assim que consegui falar de temas que guardava dentro de mim, magoando , machucando meu coração, me tirando o chão , há anos – a morte da minha mãe, a morte do meu pai, a dor lancinante e o sentimento de total impotência que me invadiu quando minha filha resolveu alçar voo solo pela vida afora, sem despedidas...
Escrever, permite dividir  inquietações, dores, gargalhadas, alegrias, sejam elas verdadeiras, vividas, presenciadas, inventadas, sonhadas, desejadas ou imaginadas... Não importa, o que vale é que quanto mais você escreve, mas livre você se sente...É verdade... Acredite..." O CÉU É O LIMITE". 

Maria Emília Xavier

5 comentários:

Taddeu Vargas disse...

Olá Maria Emília. Bonita reflexão! Esse olhar abrangente sobre nós mesmos leva ao crescimento. Abraço forte e um belo final de semana.

chica disse...

Lindo tudo que colocaste.Precisamos nos permitoir paradas e pausar...Bom retorno!beijos,chica

Caca disse...

Só quem se permite isso, cresce, Maria Emília. Você já era grande e vai se agigantando com esta brilhante volta por cima. Meus aplausos e a minha admiração. Paz e bem.

Eduardo Medeiros disse...

É Maria, essas "paradas" são fundamentais para que continuemos caminhando. Temos que de vez em quando tentar processar em nosso interior as nossas frustrações, medos, dilemas e projetos. Isso faz muito bem.

Tudo de bom para você, poetisa!

beijos

Ghost Writer disse...

Olá Maria Emília, agradeço sua visita e seu comentário.
E como você, ao escrever me sinto livre...
Abraços