terça-feira, 29 de novembro de 2011

Entrega...

Nas linhas escritas para mim,
o Destino maroto
vai criando encruzilhadas
que me deixam parada,
tentando entender
ou pelo menos vislumbrar
que caminho é melhor seguir:
em frente, à direita, à esquerda,
retornar e refazer o que pendente ficou,
aquilo que não percebi
ou até o que não quis viver?
Já dizia o Poeta:
* “Destino que dás vida mansa e boa
A tanta gente...
Sê, para mim, indiferente, ao menos!”.
Mas não...ele assim não faz...
Talvez por alguma sina que carrego
me exige atitudes...
E quando penso
que a vida se aquietou
ele esparrama pelo chão
um sem número de opções,
que brilham, faíscam e piscam sem parar
acendendo meus instintos,
e aí a mulher dentro de mim acorda,
sedenta de vida
sobrepõe-se a tudo.
Na volúpia da procura
                                 se entrega...                              
                                                                     
                         Maria Emília Xavier
                                               





*Do Poeta PAULO GUSTAVO na Poesia INCLEMÊNCIA, no Livro ALMA DE AGORA.

3 comentários:

chica disse...

Maravilhosa poesia!!!Um beijo,tudo de bom,chica

Caca disse...

Mas que poema maravilhosos, Maria Emília. me lembra Guimarães Rosa:

“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”

Grande abraço.Paz e bem.

pensandoemfamilia disse...

Lindo, amei. Que inspiração.
bjs