O vento foi soprando, foi soprando,
Limpando todo espaço que encontrava.
E, portanto, a poeira que ele achava,
Ia para bem longe transportando.
Foi, além da poeira, carregando
Folhas, pedras, gravetos... Procurava
Coisas que não sabia que ali estava,
Bisbilhotando, assim, não sei a mando
De quem ou que intenção ele teria
Para insistir naquele remexer.
E foi com essa astuta engenharia
Que terminou fazendo renascer
Um grande amor que tanto em mim doía
Que muito eu gostaria de esconder.
Gilson Faustino Maia
Petrópolis/RJ
http://www.webartigos.com/articles/23898/1/O-VENTO/pagina1.html.
3 comentários:
Uma doçura esse texto. Dá para sentir o vento passando e remexendo lembranças...
Palavras assim, só pode vir de um homem com alma refinada e doce, muito lindo!
Nessa grande ventania,
que mais eu pude encontrar?
O carinho, que alegria!
Que servem pra me inspirar.
Muito obrigado a vocês pela atenção ao meu trabalho. Um abraço.
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