quarta-feira, 28 de julho de 2010

QUANDO EU ESCREVO...

Esta folha em branco, sem linhas, sem nenhuma marquinha que denuncie já ter sido manuseada, me deixa ávida por fazê-la minha, ao nela colocar as palavras que expressam o meu assombro do momento ou uma qualquer perplexidade que se tornou não mais que de repente, a minha angústia de esvaziar-me de dizer, ou contar o que me deixou pejada de motivos... Sim... Motivos, é o que me move sempre que o desejo de escrever me acaricia, transformando em cio minha calma e eu saio meio em êxtase, a procura de um lápis, temendo  que de alguma forma se perca a idéia inicial...
Ah, escrever... Como eu gosto deste meu lado exibicionista, que não tem nenhum pudor em se despir, em  se expor, em inventar, em imaginar... E, nesse momento único, só meu, em total gozo mental, que se estende por mim em enorme satisfação pessoal, deixo o lápis escorregar pelo papel e contar tudo que, às vezes, eu mesma desconheço sobre mim, ou sobre o que vi, ou  sobre o que imagino, ou sobre o que invento sem a preocupação de ordenar, de censurar ou torná-la publica, e, sempre na primeira pessoa, vou minhas crônicas escrevendo... Escrevendo...

                                                    Maria Emília Xavier

6 comentários:

Eduardo Medeiros disse...

Escrever, desnudar a alma, é preciso. Escreva sempre!

Caca disse...

Hoje eu posso lhe dizer que para mim já se tornou uma necessidade vital. Tanto ler quanto escrever. O que era prazer, vai , pouco a pouco sendo necessário como a água e o ar. Abraço grande, minha amiga! aPaz bem.

Ivana disse...

Olá Maria Emília,

Primeiro quero agradecer sua visita, sabe que já estava sentindo sua falta?!!! E ao ler esse texto, me senti mais aliviada, ao descobrir que nós escritores temos um pouco de tudo que você escreveu. Também me lembrei de um poema do Fernando Pessoa:

AUTOPSICOGRAFIA

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

E ele não tem razão? Um abraço!!!

ॐ Mara Bombo ॐ disse...

querida Emília seus textos, poesias têm sua beleza em encantar quem lê, emocionar e outros tipos de sentimentos que somente quem tem o privilégio de te "conhecer" sente. Por este motivo , escreva, "poete",assim, nós leitores estaremos felizes de sentimentos vários, sempre.
beijos
Mara

Anônimo disse...

Olá Maria Emilia Os teu textos e as tuas poesias são sempre lindissimos adoro visitar o teu blog e ler o que escreves.
Um beijo
Santa Cruz

Rafael Castellar das Neves disse...

São tantas as sensações e sentimentos envolvidos no ato de escrever, não é? Todos misturados e torrenciando de nós para o papel (ou computador..rs).

Muito bom!

[]s