Sei que não deveria mais pensar
em seu olhar, em seu andar macio,
mas é assim que eu vivo, um desvario
que, entretanto, mantém meu caminhar.
Meu canto é triste, é grande o meu penar.
A vida passa e, como eu fosse um rio,
rego a saudade, evito o desafio
de desaguar no mar do seu olhar.
Tudo é ilusão, o mundo é desconforto,
porém o amor não morre, ele é eterno.
É um barco ancorado, a alma o porto.
Em alto mar, porém, a vida é um inferno.
Que fique no meu peito que, já morto,
consegue suportar o mal interno.
Gilson Faustino Maia
Petrópolis - RJ
5 comentários:
Mesmo sendo mal, é de amor, nos mantém vivos, mantém o caminhar. Um abraço!
Emilia,que linda sua escolha!Um poema comvente e adorei!Bjs,
Gilson é sempre inspirado! E que bom que tu tb está a espera de um inglesinho...beijos,tudo de bom,chica
"O amor é um grande laço, um passo pruma armadilha?
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha".
Lindíssimo esse soneto do Gilson! Abraços. Pz e bem.
Tudo ficou bonito. O poema, a imagem...voltando a ativa pronta para visitá-la mais amiúde, deixo um abraço.
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