sábado, 23 de julho de 2011

MARIA JOSÉ BARROSO - TELEFONE

Está largado na estante
sem vestígio de chamada.
Penso muitas vezes
na amplidão da espera...
e no toque imaginário
que nunca chega.


Sua mudez ecoa no silêncio da noite
sinto a frieza na alma
já é noite a dentro,
e o seu silencio é mórbido!
Porque ele não grita?
Será que a solidão e o silêncio
já fazem parte desse cotidiano?


E a espera da  chamada,
até indeterminada,
continua ao varar da noite.
A imaginação começa
a tecer mil loucuras,
se por ventura ele gritasse...

Mas ele mudo continua,
fechando todas as possibilidades,
 trancando minhas esperanças.
                                   
                                    Maria José Barroso
                                                      Rio de Janeiro/RJ




7 comentários:

chica disse...

Linda poesia!vim deixar um beijo,tudo de bom,chica

Andre Mansim disse...

Lindo texto Maria Emilia! Parabens mais uma vez!

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

Ai, nem me fale isso. Muito belo o poema. Beijos

Anônimo disse...

Depois desse poema...vai tocar!Lindo!
Um domingo D+++++++ DE FELIZ!
Ivana Altafin.

Eduardo Medeiros disse...

que belo poema!!

"amplidão da espera". esperar é sempre uma coisa ampla, que parece não ter fim.

bjs e boa semana

Caca disse...

Uma beleza, Maria José! abraços. Paz e bem.

JoeFather disse...

Se o telefone emudece devemos buscar o amor...

Bela reflexão!

Abraços!